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Alimentação Intuitiva (Parte 2)


A Alimentação Intuitiva foi definida pelas nutricionistas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch como uma alternativa ao modelo nutricional tradicional de prescrição de dietas.

Alimentar-se de forma intuitiva é redescobrir o prazer em comer, é saber ouvir seu corpo, decifrar os sinais que ele manda e respeitá-los sem julgamentos. A ideia é se livrar de pensamentos obsessivos ou dicotômicos a respeito de comida e de flutuações constantes de peso (efeito sanfona), criando assim uma relação saudável e pacífica com a alimentação e o próprio corpo. A perda de peso é deixada em segundo plano, não sendo o foco do processo, mas podendo ocorrer se necessário como consequência, uma vez que muitas vezes a razão do seu excesso está relacionada às questões trabalhadas.


Os 10 Princípios da Alimentação Intuitiva são:

  1. Rejeite a mentalidade de dieta

  2. Honre sua fome

  3. Faça as pazes com a comida

  4. Desafie o policial alimentar

  5. Sinta sua saciedade

  6. Descubra o fator satisfação

  7. Lide com suas emoções sem usar a comida

  8. Respeite seu corpo

  9. Exercite-se e sinta a diferença

  10. Honre sua saúde com nutrição gentil

Os princípios 1, 2 e 3 foram abordados AQUI. Hoje vou falar sobre os Princípios 4, 5 e 6:


4. Desafie a Policial Alimentar

São aquelas vozes internas (nossos próprios pensamentos) ou externas (comentários de outras pessoas) que monitoram se todas as regras impostas pela mentalidade de dieta estão sendo cumpridas.

É interessante aprender a identificar quais vozes são destrutivas e quais são aliadas do desenvolvimento de uma relação positiva com a comida e com o corpo:

  • Vozes destrutivas: o Policial Alimentar (duro e crítico), o Informante Nutricional (usa informações nutricionais para julgar e justificar as dietas), o Rebelde da Dieta (bravo e revoltado contra as regras, protege a autonomia mas promove comportamentos alimentares destrutivos).

  • Vozes aliadas: o Antropologista Alimentar (neutro, observador, não julgador, respeitoso), o Nutridor (leve e gentil, apoiador), o Aliado Nutricional (usa informações nutricionais para promoção hábitos saudáveis não relacionados a dietas), o Rebelde Aliado (ajuda a proteger a autonomia sem promover comportamentos alimentares destrutivos) e o Comedor Intuitivo (fala com base nas sensações corporais internas, que somente você sabe escutar e decifrar).

Desafiar o Policial Alimentar significa não mais aceitar suas afirmações negativas e distorcidas como sendo verdade e passar a substitui-las por afirmações positivas mais racionais e acolhedoras.


5. Sinta sua Saciedade

Assim como é importante honrar sua fome quando ela se manifesta, é importante observar seus sinais internos que lhe dizem que a fome acabou, de forma que você seja capaz de decidir parar de comer porque já está confortavelmente saciado – e não porque existe alguma regra que lhe diz o quanto deveria comer naquele momento. Comer sem distrações (TV, celular, jogos, trabalho, etc) para aumentar a atenção no momento presente e fazer pausas para se observar durante as refeições e ao final delas é importante para perceber qual o nível de fome e saciedade em cada momento. Não é preciso comer mais que o necessário simplesmente porque ainda tem comida no prato e é importante compreender que é permitido comer novamente se a fome voltar.


6. Descubra o fator Satisfação

Infelizmente, o prazer e a satisfação relacionados à comida são desencorajados no discurso de dietas e da busca pela magreza. Em contrapartida, prazer e satisfação são o centro da Alimentação Intuitiva.

Nosso corpo também nos envia sinais sobre o que realmente queremos comer: se é algo doce ou salgado, quente ou refrescante, mais cremoso ou mais crocante, uma comidinha mais leve ou uma refeição mais densa. Conseguir identificar aquilo o que nosso corpo está pedindo num determinado momento e respeitar essa vontade é importante para ficar satisfeito. Não adianta comer maçã se está com vontade de comer bolo de chocolate (e vice-versa!), a satisfação nunca será a mesma e vai ficar aquela sensação de que alguma coisa ainda está faltando.

Nos permitir comer o que realmente temos vontade também faz com que uma quantidade menor de comida seja necessária para nosso corpo nos dizer que já recebeu o suficiente.

Além da escolha do alimento, outros fatores importantes para a satisfação de uma refeição são um ambiente agradável e tempo suficiente para saborear a comida com calma e atenção.



FONTE: "Intuitive Eating - A revolutionary program that works" - Evelyn Tribole e Elyse Resch - Editora St Martin's Griffin - New York, 2012



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